Bebo energia nos risos da multidão, passo por uma grávida de cabelos brancos que grita, mãos na barriga: Vai nascer!! Pés lentos e apressados pisam a calçada e desfilam pela multidão. Turistas e Homens engravatados trocam opinião. Bicicletas, cães, raps , pares de namorados, pais param e os filhos alternam, sentados, na estátua de Pessoa o tempo necessário para o clic fotográfico, numa fila desabrida. Músicos descontraídos animam a esplanada com timbres e guitarradas. Bebo um café sentada com um amigo e corro os olhos apressados nos risos e vozes das gentes que me rodeiam: espanhol, inglês, alemão, francês e italiano. Desfruto do momento, deixo passar o tempo e descubro o prazer de estar simplesmente no meio da multidão.
Hoje encontrei gentes com alma e cheias de vida. Diz-me o meu amigo: agora percebo os artistas, escritores, poetas e pintores que procuram na multidão a sua inspiração.Enfrento as emoções, agarro no meu moleskine e escrevo.
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