Ao fim do dia de intenso trabalho, ofereço à minha pessoa, a pausa para contemplar este magnifico pôr do sol, ao som da rebentação pausada das ondas e... um frio que me arrepia a pele mas sabe bem. Uma esplanada quase secreta e na linha do horizonte a Baía que o poeta cantou! Regresso a casa com a alma serena e revigorada.
Agora que sinto amor Tenho interesse no que cheira. Nunca antes me interessou que uma flor tivesse cheiro. Agora sinto o perfume das flores como se visse uma coisa nova. Sei bem que elas cheiravam, como sei que existia. São coisas que se sabem por fora. Mas agora sei com a respiração da parte de trás da cabeça. Hoje as flores sabem-me bem num paladar que se cheira. Hoje às vezes acordo e cheiro antes de ver. Alberto Caeiro, in "O Pastor Amoroso" Heterónimo de Fernando Pessoa
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