Há algum tempo que leio as escritas e divagações da escriva mas hoje este post "bateu-me". talvez, porque , de acordo com o post e fruto da idade já me situe naquela fase da vida em que o medo de perder quem amamos é grande! De facto o medo muda consoante as idades da vida. O que importa mesmo não é o medo mas a forma como reagimos ao mesmo.
"O medo é uma sensação que nasce connosco e que vai ganhando vários rostos ao longo da vida. Ainda muito pequenos o colo dos pais serve-nos de amparo para todos os males e o choro como a arma que nos permite pedi-lo. Depois, com a infância, somos levados a perder medos, que temos sempre e que por vezes não dizemos para os coleguinhas não nos apontarem o dedo. O medo do escuro, o medo do lobo mau. Quem não teve um arrepiozinho de medo, a vontade de fugir para o quarto dos pais, que atire a primeira pedra. Somos levados a mostrar que já somos grandes e que já não temos medo destas coisas.
Na adolescência, parece que não temos medo de nada, somos capazes de enfrentar tudo, quebrar todas as regras. Mas, depois, afinal, não é nada disso. Temos um medo terrível de não sermos aceites, queremos o conforto de um grupo a todo o custo. Temos medo de ser diferentes.
Com o avançar da idade, o ganho de confiança e auto-estima, poderiamos pensar que esta coisa do medo passa. Inevitavelmente, é cada vez pior, tomamos consciência das coisas que nos importam muito, temos um medo aflitivo de as perder. Pensamos nos que amamos e a partir daí o medo nunca mais nos larga. Porque tendo o coração cheio, estaremos para sempre preocupados. Percebemos finalmente aquilo que as nossas mães nos dizem. A preocupação é o rosto do medo de quem tem o coração cheio de amor.
Depois, há os que perdem o medo, em definitivo, porque não têm nada a perder, porque a vida foi um desastre só. Falarei disso noutra altura." AQUI
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