Como vai ser o ano de 2012?
A questão que todos os portugueses colocam e à qual a revista Focus 637 procurou responder. Uma das entrevistadas foi Maria do Carmo Oliveira, psicóloga e Diretora do Clube do Optimismo, em Lisboa.
Transcrevo o artigo da autoria da jornalista Ana Catarina Pereira:
O estado de espírito dos portugueses

A necessidade de reduzir despesas deverá conduzir, sugere Maria do Carmo Oliveira, a uma desvalorização das aparências e do consumo: “As pessoas vão deixar de se preocupar tanto com o ‘ter’ para se concentrarem mais em ‘ser’, olhando para as qualidades de cada um e não para os seus bens materiais.” Numa frase, a especialista em otimismo considera: “Vamos dar mais valor ao ser feliz apesar das circunstâncias, redescobrindo o prazer nas coisas simples.”
Ainda assim, a psicóloga encara a incerteza e a angústia face ao futuro como normais, uma vez que as pessoas irão ter de abandonar as suas zonas de conforto.
Caso a taxa de desemprego suba (como se espera), Maria do Carmo Oliveira aconselha os portugueses a não cruzarem os braços e a encararem a situação como transitória. Como faz questão de sublinhar, uma atitude positiva é fundamental em todos os desempregados, para que possam efetuar boas entrevistas de emprego e impressionar os futuros contratadores: ”Neste momento, as empresas também vivem um período difícil e, mais do que nunca, é importante para o patronato poder contar com colaboradores confiantes, motivados, que não desistem perante as adversidades, focando-se na procura de soluções”, afirma.
Apesar de positiva, Maria do Carmo Oliveira está consciente de que o período atual irá afetar os já tradicionalmente baixos níveis de otimismo dos portugueses. Esta realidade origina atitudes passivas e desmotivadas: “Quando temos esse tipo de postura achamos sempre que a nossa ação tem pouca importância no resultado final. Se não acreditarmos na nossa capacidade para superar as adversidades e se pensarmos que nada podemos fazer para alterar as circunstâncias, dificilmente assumiremos uma atitude pró-ativa na procura de soluções.” Otimismo parece assim ser o melhor antídoto para combater a crise.
ANA CATARINA PEREIRA
Focus 637/2011
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