As Festas de Lisboa realizam-se de forma oficial desde 1932. Contudo só em 1934 a Câmara Municipal de Lisboa chamou a si a organização dos tradicionais festejos inspirados nos Santos Populares. Preservando a tradição popular de Lisboa, com relevo para as Marchas, os Casamentos de Santo António, os Arraiais e o Fado, actualmente as Festas de Lisboa assumem-se também como um evento de referência nas expressões culturais mais contemporâneas. As Festas de Lisboa são hoje um espaço de inovação e renovação da cidade e, principalmente, de interacção entre distintos géneros artísticos e os seus públicos.
O seu programa, diversificado e multicultural, foi recentemente premiado com uma menção honrosa pelo Turismo de Portugal, reconhecendo o seu papel na promoção turística da cidade de Lisboa e do país.
A sardinha faz parte da história de Lisboa. Já então no século V d.C. as fábricas de Olisipo fabricavam uma valiosa pasta de peixes com especiarias, que exportava para todo o império Romano, em ânforas de argila, e cuja composição apresentava pelo menos 90% de sardinhas. Em conjunto com o Núcleo Arqueológico da Fundação Millennium BCP (NARC) onde se podem visitar 2500 anos da história da cidade, reúne-se agora uma selecção de 300 sardinhas de um total de 2080 que participaram no concurso Sardinhas Festas de Lisboa/11, lançado no âmbito das festas da cidade pela Egeac. Ao público, foi assim aberto o desafio de participar na imagem das Festas de Lisboa’11, que têm desde 2003 a sardinha como ícone máximo. A notoriedade alcançada permitiu que as sardinhas pudessem ser objecto de re-interpretação. Primeiro, em 2009 e 2010, por ilustradores, designers e artistas plásticos convidados e, este ano, finalmente, em democracia absoluta e ao alcance de qualquer um! Da cartolina ao tecido, da folha de papel aos objectos tridimensionais mais surpreendentes, esta mostra é um espelho do talento de todos os que vivem as Festas de Lisboa.
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